OIT, OTCA, PNUMA e ONU Mulheres nos Diálogos Amazônicos/ Cúpula Amazônica fortalecem ações para a conservação socioambiental na região
Ação reuniu agências de organismos internacionais em preparação para a Cúpula Amazônica, destacando a importância da natureza e dos direitos humanos na região
Entre os dias 8 e 9 de agosto, a cidade de Belém sediará a aguardada Cúpula Amazônica, um encontro que congrega líderes e chefes de Estado das regiões da América do Sul, Europa, África, Ásia e Caribe.
Registra-se a participação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), juntamente com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), para “debater cooperação internacional e ações conjuntas para ajudar a promover e assegurar os direitos dos povos indígenas, a transição justa, empregos verdes, trabalho decente e a Agenda 2030, no âmbito da Convenção 169” (Fonte: OIT Brasil).
O Encontro preparatório para Cúpula Amazônica “Diálogos Amazônicos” reuniu mais de 10 mil participantes entre os dias 4 e 6 de agosto para tratar de diversos temas socioambientais. Com 75% da população amazônica vivendo em áreas urbanas, a necessidade de um convívio harmônico com a natureza ganha uma relevância ainda maior. Os “Diálogos Amazônicos” buscaram justamente discutir esse desafio, contando com a participação de diversas agências das Nações Unidas que contribuíram para os debates, cujas conclusões serão encaminhadas aos líderes presentes na Cúpula.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é um dos protagonistas desses debates, promovendo discussões centradas no desenvolvimento sustentável. A Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) também teve seu papel nos “Diálogos Amazônicos”, trazendo à tona questões de bioeconomia, transformação rural inclusiva e novos modelos produtivos no contexto das mudanças climáticas.
Outro ponto de destaque é o empoderamento das mulheres na região amazônica. A ONU Mulheres ressalta o seu trabalho em parceria com o governo brasileiro para capacitar mulheres e meninas da Amazônia Legal a se tornarem agentes de mudança na ação climática e ambiental. Durante os “Diálogos Amazônicos”, a agência parabenizou as mulheres indígenas Guarani, Kaiowá e Terena pelo avanço nas ações de prevenção e resposta à violência, por meio da criação de uma Casa da Mulher Indígena na Reserva Indígena de Dourados, no Mato Grosso do Sul.
Em um momento crucial para o futuro da Amazônia e do planeta como um todo, o protagonismo dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais na região, somado ao engajamento da sociedade civil e presença das agências da ONU nos “Diálogos Amazônicos” apontam para a importância de um comprometimento global com a preservação, desenvolvimento sustentável e respeito pelos direitos dos povos na região. A Cúpula Amazônica promete ser um marco na busca por soluções colaborativas e duradouras para os desafios enfrentados pela maior floresta tropical do mundo e seus povos, como evento preparatório para a COP-30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que terá como sede a cidade de Belém (PA) em novembro de 2025.
Redação: Equipe de Comunicadoras do Observatório
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