Protocolo de Consulta dos Povos e Comunidades Indígenas do Rio Negro
O território no qual nascem e fluem o rio Negro e seus afluentes é milenarmente manejado e habitado pelos povos indígenas. Trata-se de um dos maiores corredores de florestas tropicais do mundo. Um espaço vivo, tecido por relações e cujo equilíbrio é conhecido e atualizado pelos seus povos indígenas através de trocas, rituais, benzimentos e trabalho cotidiano. Na região, convivem 23 povos indígenas de quatro famílias linguísticas: Tukano Oriental, Arawak, Naduhup e Yanomami.
Trata-se assim de um território com ampla diversidade étnica e linguística, mas que reúne povos num grande sistema de trocas por onde circulam pessoas, objetos, cultivos agrícolas, narrativas, línguas, saberes, fazeres e elementos cosmológicos.
A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) atua nesta região, em uma área que abrange os municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira e Japurá no Amazonas. São cerca de 23 milhões de hectares de rios e florestas que formam um território socioambiental com 10 Terras Indígenas reconhecidas além de duas terras indígenas em processo administrativo para Protocolo de Consulta dos Povos e 9 Comunidades Indígenas do Rio Negro demarcação no curso médio e baixo do rio Negro. À oeste e ao norte a região faz fronteira com a Colômbia e com a Venezuela, respectivamente. Esta área de abrangência está organizada via cinco Coordenadorias Regionais: Região do rio Içana e Afluentes (Nadzoeri); Região do
Alto rio Negro, rio Xié e Balaio (CAIBARNX); Região do Médio Rio Negro e seus afluentes (CAIMBRN); Região do baixo Uaupés, Tiquié e afluentes (DIAWII) e; Região do médio e alto Uaupés, rio Papuri e seus afluentes (COIDI). Com a publicação dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental do rio Negro1, o território ganhou descrições e diagnósticos elaborados a partir de um ponto de vista de seus moradores.
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